" Havíamos deixado aqui no Brasil um grande amigo, o qual nos representou muito em nossas vidas durante muito tempo. Ele nos enviava notícias, às quais mais representavam um diário do que propriamente cartas. Nosso inesquecível TIO ALCEU !
Nessas cartas eu aprendia muito, principalmente com sua filosofia de vida própria, que lhe era peculiar. Nos incentivava e quando nos escrevia - Enquanto o chicote sobe, o lombo do burro descansa - ou - Amanhã será outro dia - , nos dava ânimo para continuarmos na luta. Com essas e outras frases fui assumindo uma nova personalidade.
Meu tratamento da visão corria muito bem !
Aprendi a sorrir novamente.
Colocava uma enorme pedra em nosso passado e não me importava o que Luiz Antonio havia feito antes, se tinha tido outras mulheres. Não me considerava uma NOVA AMÉLIA, mas tudo que fiz foi para salvar um grande amor.
Estávamos distantes de tudo e de todos e éramos felizes.
Batíamos longos papos, eu, INABEL , meu marido, e nossa filha, embora pequena ainda, participava de nossas conversas, dando-nos suas opiniões, às quais ouvíamos com atenção. Passei a dar valor entre a diferença de SER e TER.
Mais vale aquilo que somos para nós mesmos, para nossos lares ou mesmo para uma sociedade, do que da quantia ou dos bens que possuímos.
Mas, passado 1 ( um ) ano fora, nos Estados Unidos, com muitas saudades de casa, dos entes queridos, ouvindo nossos corações, resolvemos voltar ao Brasil.
O tratamento médico havia sido feito com sucesso, embora precisasse fazer uma cirurgia, adiei para realizá-la no Brasil.
Mas, estava enxergando bem e a doença estava estabilizada.
Durante essa época, Luiz Antonio como sempre gostou de escrever, começou a rabiscar coisas que ele sentia.
Fizera uma auto-análise do que ele havia sido e o que passou a ser. Surgindo assim uma poesia que demos o nome de TROQUEI. "
Essa poesia no próximo capítulo...
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