" Distrair-se é o mecanismo sabotador que mais oferece conforto a quem não sabe como atingir o topo da montanha.
Certas pessoas vivem em constante devaneio, criando experiências fantásticas no plano da imaginação,onde não há a menor possibilidade de ficarem frustradas.
Quem se acostuma a usar a fantasia para extinguir frustrações, cada vez mais torna-se vítima do mal que quer extirpar, pois a cada DESCIDA DAS NUVENS, o peso da realidade parece vir em dobro.
É claro que a fantasia também pode ter uma função construtiva para a pessoa.
Outra forma de distração é se apegar exageradamente ao passado.
Melhor do que qualquer outro animal, o ser humano tem acesso ao seu passado de formas muito sofisticadas.
O passado nos pertence e serve de medida para o nosso presente.
Viver no futuro é igualmente ardiloso.
O futuro, sem presente, é sempre vago, meio distante, ao sabor de circunstâncias externas.
Ao planejar suas ações para o futuro, condicionadas a um acontecimento hipotético, a pessoa perde de vista os inúmeros passos a serem dados e alimenta uma expectativa ilusória de que aquilo vai se concretizar por si.
Não basta torcer para que algo aconteça.
O próprio fato de colocar o verbo no futuro faz com que a pessoa nunca se sinta, hoje, capaz de realizar as transformações.
E se o acontecimento futuro finalmente é concretizado, essa impotência é mantida : a pessoa cria outro marco futuro para, aí sim, se transformar ...
E a história não tem fim, enquanto a pessoa estiver repetindo o mesmo mecanismo.
Para vencer todas as distrações, só há um remédio : a concentração.
Agir como o jogador que entra para disputar uma final : para ele não há insultos da torcida adversária ou companheiros inseguros.
Só existe um objetivo : ser campeão.
Assim, terá a segurança para resolver as dificuldades. "
ROBERTO SHINYASHIKI
Compartilhar post nas redes sociais: